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Companha Salarial 2019: Codesp convoca sindicatos para primeira reunião de negociação

Fonte: Sindaport / A Diretoria
 
 
Convocada pela CODESP, aconteceu nesta segunda-feira, 6, às 15h, a primeira reunião de negociação referente ao novo Acordo Coletivo de Trabalho 2019/2020.
 
A reunião contou com a participação do diretor de Administração e Finanças, Fernando Biral, entre outros gestores da CODESP.
 
Inicialmente, o diretor Fernando Biral comentou que, se no primeiro trimestre do ano as finanças da CODESP estavam até que mais ou menos tranquilas, para os próximos meses tem uma avaliação menos otimista, pois alguns fatores deverão impactar negativamente as finanças da empresa.
 
Dentre os principais fatores que deverão contribuir de forma negativa para as finanças da CODESP, Fernando Biral citou especificamente os valores que deverão ser gastos com relação à dragagem, algo em torno de 170 milhões, e também os valores que a CODESP terá que assumir com relação às contribuições do PORTUS, valores ainda estimados para os próximos 10 anos que podem alcançar entre 1 e 2 bilhões de reais.
 
Fernando Biral reconheceu que não será apenas cortando gastos que as finanças da empresa irão se recuperar, seriam necessárias alterações na legislação atual para que os valores referentes aos arrendamentos no Porto possam ficar na CODESP, e não repassados ao Governo Federal, citando ainda que sem essa alteração, em razão de pequeno lucro que a empresa possa alcançar, não conseguirá fazer os investimentos necessários para o crescimento do Porto de Santos.
 
Mas, especificamente sobre o Acordo Coletivo, o diretor Fernando Biral afirmou que, apesar de algumas idas a Brasília, a CODESP hoje não tem ainda uma proposta oficial para fazer aos sindicatos.
 
No entanto, espera que para as próximas duas semanas uma proposta deve ser enviada para os sindicatos e uma nova reunião deverá ser convocada em até 15 dias.
 
O diretor de Administração e Finanças citou também resistência da SEST, o antigo DEST, para renovação dos acordos coletivos nas estatais federais, mantendo-se na íntegra todas as cláusulas do acordo coletivo que estejam com percentuais muito acima do estipulado como mínimo de lei.
 
Finalizando, Fernando Biral afirmou que já tem uma orientação do Governo Federal para que o atual acordo coletivo possa ser prorrogado por apenas mais 30 dias, até 30 de junho somente e, depois disso, não havendo acordo entre as partes, instauração de dissídio coletivo.
 
O presidente do SINDAPORT, Everandy Cirino, em razão de nenhuma proposta estar sendo apresentada neste momento, diz que será bastante resumido e objetivo em sua fala nesta reunião de hoje.
 
O presidente Cirino entende que a atual diretoria da CODESP pode até ser parabenizada, pois nos últimos anos não houve reunião convocada pela empresa para negociação de campanha salarial, com quase trinta dias de antecedência da data-base da categoria, que é em 1º de junho.
 
E ainda, a empresa sinalizando com a possibilidade de nos próximos 15 dias, antes de 1º de junho, formalizar oficialmente uma proposta.
 
Finalizando, o presidente do SINDAPORT faz a proposta para que a CODESP:
 
• Reconheça a data-base da categoria em 1º de junho;
 
• Mantenha o atual acordo coletivo, enquanto durarem as negociações;
 
• Autorize instauração de dissídio coletivo, caso não haja acordo entre as partes.
 
Vamos aguardar as próximas duas semanas para que a CODESP possa formalizar oficialmente uma proposta. Assim que a proposta chegue ao Sindicato e uma nova reunião na empresa aconteça, a categoria será convocada para uma Assembleia Específica para debater o assunto.
 
Vamos aguardar, mas por enquanto, nada otimistas.
 

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