Sindaport na Mídia

Zorovich sofre golpe milionário e decide vender parte do grupo

Fonte: A Tribuna - 06/06/2012

Após levar um golpe e sofrer um prejuízo de R$ 10 milhões, o Grupo Zorovich procura um novo sócio. O proprietário das três empresas voltadas aos setores portuário, marítimo e offshore, Sérgio Zorovich, anunciou a venda de 49% das firmas. O motivo, segundo ele, é a falta de herdeiros que tenham interesse em manter o negócio.
 
Dos três filhos do empresário, o mais velho, de 30 anos, segue uma outra carreira. O do meio, uma jovem de 18 anos, será biomédica. E a mais jovem tem apenas seis anos. “A tendência, para que se possa perpetuar o grupo, é ter um sócio. O sócio único hoje pela nova lei, que saiu em 12 de janeiro, é permitido, mas é desagradável não saber o futuro da empresa em termos de sociedade”, disse Zorovich, que busca um parceiro interessado em investir nas empresas e colaborar na implantação de projetos em desenvolvimento.
 
Segundo o empresário, já foram recebidas várias propostas. Uma delas, inclusive, está 70% encaminhada e poderá ser aceita. “Essa venda está em processo adiantado e será um sócio único. É uma firma do exterior, da área naval”, destacou o proprietário, que preferiu não revelar o nome da companhia e nem o valor da venda.
 
A decisão de encontrar um novo sócio foi tomada por Zorovich um pouco depois de o grupo sofrer um prejuízo de R$ 10 milhões. Que, a longo prazo pode chegar a R$ 25 milhões. No entanto, ele garantiu que não há nenhuma ligação entre os dois fatos. Ele explicou que a perda ocorreu logo após um ex funcionário furtar dois projetos importantes do Instituto Zorovich, firma do grupo voltada à aplicação de cursos e treinamentos no Brasil e no exterior.
 
As outras companhias do grupo são a Zorovich & Maranhão, que presta assessoria técnica e consultoria, e a Zorovich Watermakers, que representa a americana Parkers na venda de equipamentos e manutenção.
 
Os projetos do instituto foram levados para outra firma, aberta também em Santos. “Eram um projeto em Cingapura e outro em Angola. O primeiro era o principal, já que tinha desmembramentos no Brasil junto à Nobel, maior armadora de plataformas do mundo. Isso foi feito por uma pessoa que trabalhava aqui. Ela abriu uma empresa, conseguiu burlar as normas internacionais de comércio e tocou os projetos”, afirmou.
 
Com o prejuízo, Zorovich precisou reorganizar os departamentos comercial e financeiro, com a contratação, inclusive, de novos profissionais. “Tivemos que descapitalizar as outras empresas para ajudar o instituto”, ressaltou. Apesar do golpe, o empresário optou por não entrar na Justiça. “Foi um caso sério. Meu departamento jurídico achou melhor não fazermos nada, por ser uma pessoa conhecida, e ficou por isso mesmo”, completou.
 
PROJETOS
 
Com a entrada do novo sócio, Zorovich pretende implantar novos projetos. Atualmente, o grupo promove 120 cursos. É, inclusive, pioneiro na aplicação do curso básico de segurança de navio (CBSN) para tripulantes das embarcações de passageiros.
 
Entre os projetos que serão desenvolvidos, estão treinamentos em Cingapura, Angola e Nigéria, grandes produtores de petróleo, porém com deficiência em mão de obra especializada. “Temos também um projeto de hotelaria para atender o mundo inteiro, que está nas mãos do governo de Barbados (Caribe). É um projeto para treinar 770 alunos por ano, em um curso de 7 meses”.

Imprimir Indicar Comentar

Comentários (0)

Compartilhe