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Codesp terá de refazer projeto de Prainha, na Margem Esquerda

Fonte: A Tribuna - 18/05/2012

O processo de arrendamento da área de Prainha, na Margem Esquerda do Porto de Santos (Guarujá), voltou à estaca zero e será retomado com um novo foco – dessa vez, nas operações com veículos. Das quatro empresas autorizadas a estudar a implantação de um terminal de contêineres na área, apenas duas entregaram projetos e ambos foram descartados pela Codesp, a Autoridade Portuária de Santos.  
 
Agora, a Docas planeja iniciar o estudo de viabilidade técnica e econômica (EVTE) do local para operações com automóveis e cargas ro-ro – que são aquelas levadas para dentro dos navios ou retirada deles sobre “pneus” (carretas), através de pontes instaladas na lateral ou na popa (parte de trás) dos cargueiros. Essas análises são exigências legais para o início do processo licitatório de arrendamento da área.  
 
De acordo com a Codesp, os estudos de viabilidade realizados pela LPC Latina e pela Santos Brasil (arrendatária do Terminal de Exportação de Veículos, o TEV, e do Terminal de Contêineres, o Tecon, ambos ao lado de Prainha), para a implantação de uma instalação de movimentação de contêineres na área, não atenderam às exigências da Portaria nº 131, de 4 de maio 2010, da Secretaria de Portos (SEP). Eles não serão aproveitados pela Autoridade Portuária, que não informa quais são os ítens em desacordo.  
 
Já a NF Motta e a Localfrio, que obtiveram autorização para desenvolver os projetos, desistiram de entregar as análises antes mesmo da mudança de planos da Codesp.  
 
Conforme divulgado com exclusividade por A Tribuna em dezembro do ano passado, a Codesp mudou o foco das operações em Prainha, que é uma das últimas disponíveis para a expansão do complexo santista na Margem Esquerda. Agora, a estratégia da Docas é criar no local um terminal para veículos e cargas ro-ro.  
 
Demanda 
 
A alteração dos planos da Autoridade Portuária se deve, principalmente, ao início do funcionamento de dois novos terminais especializados na movimentação de contêineres em Santos, no ano que vem. Embraport e Brasil Terminal Portuário (BTP), que seguem em construção, serão responsáveis por praticamente dobrar a capacidade operacional para esse tipo de carga no cais santista – que hoje é de 3,14 milhões de TEUs por ano, de acordo com estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), divulgado em 2010.
 
A utilização de Prainha para veículos e cargas ro-ro está prevista na nova versão do Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do Porto, que ainda não foi entregue ao Conselho de Autoridade Portuária (CAP) para aprovação. O PDZ determina, entre outros fatores, qual tipo de carga pode ser operada em cada ponto do cais.
 
Em Prainha, será possível erguer um terminal com 200 mil metros quadrados e 550 metros de cais acostável. Ele ficará ao lado da primeira instalação do complexo especializada na operação de carros e cargas ro-ro, o Terminal de Exportação de Veículos, da Santos Brasil.
 
Próximo de lá, há outra área que também ainda não foi licitada pela Codesp. É o terreno de Conceiçãozinha, que fica entre a Cutrale e a Cargill. Os dois lotes são ocupados por favelas onde moram cerca de 5 mil famílias, no total. A Prefeitura de Guarujá será a responsável pela retirada dos moradores das duas glebas. 

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